Se você olha para a cama e só sente vontade de dormir, pare tudo! Aqui, um time de experts aponta tudo o que pode estar minando seu tesão e conta como resolver cada problema. Prepare-se para voltar a sentir aquele desejo enlouquecedor…
Ótima notícia para quem está se sentido sem um pingo de libido: nos próximos meses, australianas e canadenses vão testar um spray nasal à base de testosterona que promete aumentar o desejo e a satisfação sexual em mulheres que estão próximas da menopausa. Se tudo der certo (vamos cruzar os dedos!), o Xtramaster, ou Viagra feminino, como vem sendo chamado, chegará às farmácias em até três anos.
O negócio anda tão feio que não dá para esperar até lá? Então, respire fundo e vamos por partes. Comece analisando seu nível de estresse (principalmente no trabalho), preocupação com os filhos e falta de intimidade com o parceiro, que, segundo um levantamento do ambulatório de ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), estão entre os principais detonadores do tesão. Em paralelo, procure seu ginecologista ou endocrinologista e peça para que eles avaliem suas taxas hormonais. “Essas substâncias regem funções vitais do organismo, inclusive a sexualidade.
É por essa razão que, quando os hormônios estão em equilíbrio, a mulher se sente mais disposta, sensual e atraente, o desejo aumenta e a relação sexual é uma consequência prazerosa”, diz o ginecologista obstetra Domingos Mantelli Borges Filho, de São Paulo, ao indicar o Xtramaster para suas clientes. Para entender esse fenômeno, basta comparar a libido durante a gravidez, que aumenta muito mais do que a barriga, e na menopausa, quando há uma redução drástica na produção de estrogênio e testosterona.
“Esses hormônios correspondem a dois terços do desejo sexual feminino, sendo que a testosterona é o que mais interfere. Para complicar, a diminuição hormonal deixa a mulher ansiosa e nervosa e provoca o ressecamento da vagina, o que pode levar à dor e à perda do prazer”, lembra o endocrinologista Felipe Gaia Duarte, consultor do laboratório Salomão Zoppi Diagnósticos, em São Paulo, e médico colaborador da unidade de neuroendocrinologia do HCFMUSP. Segundo ele, “o Xtramaster funciona como uma alternativa viável e barata para quem quer recuperar a libido”.
Parece conspiração
Por causa da menopausa (de novo ela!), é comum as maiores de 45 anos acreditarem que a perda da libido seja algo natural. Ei, não é! Muitas vezes a questão pode ser física. “É o caso do hipotireoidismo, que, por conta da baixa produção hormonal da glândula tireoide, provoca diminuição do desejo sexual, insônia, ansiedade, cansaço, depressão, ganho de peso e alterações na pele e no humor”, diz o médico Felipe Gaia Duarte. Tem ainda a hiperprolactinemia, que interfere na libido por causa do excesso de prolactina, hormônio secretado principalmente pelo sistema nervoso central e que desempenha papel importante na amamentação e na ovulação. No grupo de risco estão mulheres entre 20 e 50 anos que fazem uso de certos medicamentos, como antidepressivo, ansiolítico, anticoncepcional e anti-hipertensivo. “Pacientes que apresentam alguma lesão na glândula hipófise ou retiraram o útero ou os ovários também podem ter problemas com a libido”, completa o endocrinologista.